sexta-feira, 17 de julho de 2009

A minha Família Materna



Estamos bem distantes de ser uma família convencional.
Não sentamos a mesa, na hora do almoço.
Cada um vai pro sofá. Com seu prato sobre as pernas. Assistir o Globo esporte e falar mal do time alheio.
Todo mundo fala alto e ninguém guarda segredo. Falou para um, é o mesmo que falar para todos.
É como um telefone sem fio.
Quase todo mundo é temperamental, impetuoso, poeta e louco.
Salvam-se poucos. E os que se salvam, são do sexo masculino.
A ala feminina da nó em pingo d´agua.
Os pequeninos, que mal chegaram, já demonstram ser bem Monte Fernandes.
Cheios de personalidade e dotados de grande inteligência.
É, sem falsa modéstia, somos uma família cheia de cérebro. Às vezes até demais.
Há algumas pessoas que não se falam
Por tragédia do destino.
Creio que isso não durará muito tempo
O amor sempre foi o nosso maior propósito.
Sempre embalamos a noite ao som de violão
No quintal, no jardim, nos sonhos
Estamos juntos
Na dor, no amor, no nada.
Sempre há de tocar aquela musiquinha:
“A porta escancarada, a lua ali, meu cachorro nunca morde”.

Em nosso quintal tem alecrim.

Um comentário:

Vernon Bitu disse...

A arte realmente está impregnada em vocês!

Que bom!!!

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria
Isso pra mim é viver!

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Vou usar uma frase do Ferreira Gullar, que me define: " A vida sopra dentro de mim pânica, como a chama de um maçarico, e pode subitamente cessar ".