terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sabe aquelas lembranças que vem subitamente?



Minha avó estava olhando o álbum de minha filha, de quando ela nasceu.
Entre risos e emoção, me deparei com uma parede azul, do quarto que foi meu quando adolescente, e instantaneamente me veio á face do primeiro namorado. Era naquelas paredes azuis que guardava meu choro, como um peixinho num mar imenso, mas sozinho.
Fui assaltada a mão armada por uma saudade inexplicável.
Um vazio no corpo, me dei um abraço, como se fosse o abraço dele.
O senti pertinho, mesmo tão longe, tão longe de fato. Ele me excluiu da vida dele. Eu entendo...
Mas faz tanto tempo!
Mais de seis anos que não nos vimos. Eu queria apenas dizer : “ Eu preciso saber da sua vida, peço alguém para me contar sobre os seus dias “.
Guardei a saudade e resolvi me desligar mais uma vez.
A parede ficou verde de esperança e meu desejo de alegria foi um arco-íris.
Vou mandar –te essas palavras, por e-mail, queria que fosse por carta, como fazíamos, e era tão lindo. Mas o destino veio, malvado como ele é, as vezes, e nos separou. Então, nada de cartas, alguém que não está e jamais estará nessa história, pode ler, e o que era pra ser saudade, virar infelicidade.
E o que eu quero é amor!
Eu ainda te amo.
Sim, o pra sempre não acaba.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Coisas lindas que a gente lê...


" A saudade é uma sombra negra de um passado cor-de-rosa"

Narração de Marco Nanini e sua voz poética.

:~

Do filme Copacabana.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu e Lost



Por onde começar?
Estou triste por terminar.
Quando o seriado Lost passou na televisão, eu não o acompanhei e por não acompanhá-lo, eu acabava por criticar. Coisa mais sem lógica! Se estavam todos mortos como tiveram filhos, morreram de novo? Enfim, essas caramiolas que certamente eu não resolveria se não assistisse todos os episódios, TIM TIM por TIM TIM.
Foi uma espécie da paixão a segunda vista. Acordava pra assistir Lost, almoçava Lost, jantava Lost, dormia Lost, sonhava Lost. Estaria eu ficando Lost?
Procuro definições, palavras menos repetidas possíveis para falar da série.
Pois são muitos os apaixonados por tal, de todas as nacionalidades.
Todo mundo se sentiu um pouco como cada um, como todos. Além daqueles personagens que são os nossos meninos dos olhos, que foram os mais difíceis de dizer adeus.
Vivemos um mundo paralelo. Começamos a questionar nossa própria existência. De como devemos nos comportar diante da vida e dos outros.
Será que existe purgatório? É possível escolher um lugar para acertar as contas pendentes, onde haja pessoas que estejam em situações semelhantes?
Como eu comprei todas as temporadas, não passei 06 anos vivendo LOST, passei apenas meses, vivendo Lost e a mim mesma de forma intensamente louca.
Não entendo as críticas feitas ao final, ao grande finale. Quem realmente assistiu, de alma aberta e a cuca funcionando, entendeu tudo e assim como eu, se emocionou, sorriu, vibrou, e veio à parte difícil: dizer adeus.
Ou então como o personagem Desmond adorava dizer: Te vejo em outra vida, irmão.
Sentirei muito a falta de todos, TODOS!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

08/09/2010


Hoje acordei com uma moleza na alma, uma preguiça no corpo que pedia que meus olhos ficassem fechados. Que deixasse meu quarto a meia luz, assistisse a um filme bem profundo. Daqueles que a gente jura que vivenciou.
Sozinha, é tudo que quero nesse momento, estar sozinha.
A bebida tem me deixado mal, um pouco down.
Gosto ruim na boca, sentimento de culpa, a famosa ressaca moral. E não tenho feito nada que me envergonhe, além do fato de bloquear algumas vontades.
Não quero mais o rótulo de “ A doida”, como também não quero “ A regenerada”. Quero apenas liberdade e espaço para expandir o meu eu.
O céu está cinza e faz um frio gostoso, daqueles que se aquece com calor humano. Porém, o calor humano que me é acessível não me apetece neste momento. Nesse contato com a minha interioridade.
Estou á espera da aula de fotografia e confesso que nem isso está me motivando hoje.
Queria minha cama e meu lençol lilás. A casa limpa e com cheiro de flor.
Não queria pegar peso, mas estou me sentindo acima dele.
São tantas obrigações a serem cumpridas. O nome já diz, não é?
OBRIGAÇÃO!
Diabo de palavra maldita!
Faz com que a gente se sinta enjaulado.
Queria um beijo caloroso, doce.
Que ele viesse bater na minha porta, sem nome, sem telefone, um beijo desconhecido

Dores/ mar de ardores
Todas as camas rodeiam invisíveis
Sabendo de todos os nossos amores
Indivisíveis.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O que é a lembrança, afinal?!


Dias desses antes de começar minha aula de fotografia, fiquei pensando sobre um romance passado. (passado?)
Lembrei de inúmeros papos que tive com minha melhor amiga, sobre este tórrido romance.
Sabe quando ninguém apóia?
Algo de errado deve haver, não é?
Pois bem, havia inúmeros erros. O maior deles era a não concretização.
Um dia eu acordei com sede desta pessoa, do meu S.
Liguei para minha melhor amiga, para compartilhar sobre essa coisa que me transportava para um lugar cheio de luzes vibrantes, me chamava para perto, e quando terminava aquele montueiro de luzes, vinham àqueles olhos devoradores de corações sensíveis. Que drama! Mas era mesmo cena dramática, de filmes que a gente jura que vivenciou.
Era como se ele fosse aquela cerveja estupidamente gelada, do bar próximo a minha casa e tudo que eu olhasse lembrava “aquela cerveja”. O amarelo do sol, a espuma do sabão da calçada sendo lavada, a euforia de dos adolescentes se tocando, escondidos do mundo.
Eu precisava daquela dose, daquelas.
A minha amiga me indicou uma terapia, disse que eu precisava de amor-próprio, E blá.
Papo de melhor amiga, e estudante de psicologia.
Pior que não era apenas ela que levantava a bandeira de NÃO ao meu romance. Era todos, o mundo.
Em tudo lugar havia uma placa de STOP!
Mas naquele dia, eu o bebi como quem bebe uma cerveja gelada, em pleno meio dia de um sábado caloroso.
Voltei pra casa como quem viu um passarinho verde, como quem tirou um coelho da cartola.
É... Ninguém entenderia tal euforia. Porque no fundo, queremos sempre um fato, um sentimento carimbado, abaixo da frase: Estamos juntos.
Isso nunca ocorreu.
Porém, nesses dois anos havia um vulcão em meu corpo.
Sinto falta disto.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Noite estranha



Tive um dia tão tranqüilo, apesar da gripe. Tirei o dia para descansar, assistir seriados, em especial “ The L World”. Não sou lésbica, mas nem por isso, acho o seriado desinteressante, muito pelo contrário, ele é muito rico em diálogos, tramas, os personagens são intrigantes, é envolvente. As cenas de sexo são bem apimentadas, as vezes até passo rápido com o controle. (besteira minha).
Fui ao jardim sentir a luz vinda do sol, que estava um pouco frio, como se tivesse alguma inquietude. Consegui três boas fotos.
Parece que a inquietude do sol veio para mim. Meu coração ta com uma espécie de dor em grau menor, aguda. Sabe?
Daquelas que vem sem quê, nem por que.
Estou naqueles dias e isso deve ter muito a ver.
Gostaria de estar sozinha hoje. Eu, meus pensamentos, minha análise própria.
Não queria estar aqui no computador, tendo que ouvir o barulho do jogo do Flamengo (Argh!!!), logo eu que sou VASCAÍNA!
Quando se vive um relacionamento, há de se abdicar de paz de espírito, também! Aborreci-me com uma pessoa, pela qual eu matinha um afeto, nem sei porque, ela foi uma das pessoas que mais me apunhalou pelas costas, aliás, sei, eu nutria esse afeto porque não costumo guardar mágoas. Aprendi com a vida que perdão é uma grande virtude, e perdoou sem esperar reconhecimento, seja daqui da terra, ou do plano espiritual, é algo meu mesmo. Porém, hoje essa pessoa foi tão ríspida que eu resolvi anulá-la de minha vida. E toda despedida dói, não é verdade?
Não darei tchau para esta pessoa, nem até logo. Ela já foi.
Por isso, meu coração está um pouco apertado, mas nada como uma boa noite de sono, um filme na madrugada e uma aula de responsabilidade social ás 7:30h da manhã, não cure qualquer resquício de dor mal vinda.
Eu prefiro viver.

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria
Isso pra mim é viver!

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Vou usar uma frase do Ferreira Gullar, que me define: " A vida sopra dentro de mim pânica, como a chama de um maçarico, e pode subitamente cessar ".