domingo, 31 de janeiro de 2010



Assisto em mim a um desdobrar de planos.
as mãos vêem, os olhos ouvem, o cérebro se move,
A luz desce das origens através dos tempos
E caminha desde já
Na frente dos meus sucessores.
Companheiro,
Eu sou tu, sou membro do teu corpo e adubo da tua alma.
Sou todos e sou um,
Sou responsável pela lepra do leproso e pela órbita vazia do cego,
Pelos gritos isolados que não entraram no coro.
Sou responsável pelas auroras que não se levantam
E pela angústia que cresce dia a dia.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010


Manhã amarelazul.
Fechei o tempo debaixo do meu cobertor.
Limpei a casa para que a espiritualidade possa caminhar em paz.
Trabalhei a mente em prol da humanidade. Fiz preces por esse mundo maluco e desumano.
Dispensei os noticiários tristes. Esqueci a guerra interna do meu País. Preferi vê-lo apenas verde e amarelo.

Sonhos tão reveladores. Tão meus. Não os quero compartilhar, ainda!
Os pingos cessaram.

A vida de Mário de Andrade tem me feito contente.
É o meu mais novo companheiro da inquietação.
Um livro autobiográfico, rico em fotos, cores frias e palavras doces.

Sinto-me feliz em ser Poeta, ter meus dias colorido por palavras mágicas, que pulam que nem pipoca na panela.
Poesia tem cheiro, sabor e alma.
Poeta tem o universo no coração, por isso tenho absoluta certeza que sou uma extraterrestre.

:: Também quero viajar nesse balão ::

... " Mas louco é quem me diz e não é feliz, eu sou feliz "...

Sou feliz, é fato que sou.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010



Vai entender a (de) mente humana...


Podia-me dizer por favor, qual é o caminho para sair daqui? - Perguntou Alice.
- Isso depende muito do lugar para onde você quer ir. - disse o Gato.
- Não me importa muito onde... - disse Alice.
- Nesse caso não importa por onde você vá. - Disse o Gato.
- ...contanto que eu chegue a algum lugar. - acrescentou Alice como explicação.
- É claro que isso acontecerá. - Disse o Gato - desde que você ande durante algum tempo.
Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll

sábado, 23 de janeiro de 2010


Lá Se Foi...

O amor perdeu-se no tempo
Nos Livros
No encanto triste das poesias de Drummond

O amor foi verso preciso de Vinicius de Moraes
Foi grito de Raul Seixas
Foi dor de Mário Quintana.

Fechou as portas para mim
Para você, para todos.

O amor deu um sorriso largo
Um abraço raro
Uma gota de orvalho.

O amor dormiu em mim
E não mais acordou.


POESIA ANTIGA!!!!1

terça-feira, 19 de janeiro de 2010



Abriu a caixa
Para colher sonhos
E de repente
Pássaros voavam a sua frente

Porque sonho quando é compartilhado
Vira liberdade

domingo, 17 de janeiro de 2010

"Um café, um cigarro e alguma pílula, por favor. Luna R."



11 dias sem fumar.
A ansiedade me atormenta. Vontade de comer sem parar.
Cadê a inspiração para uma canção
Para uma poesia

Já é quase segunda-feira
Preciso organizar meus dias
Torná-los mais cheios de coisas e menos de mim

As pessoas dizem: Você está muito parada. Fulano na sua idade já era doutor.
Nossa quanto gasto de saliva!
Eu não sou fulano, nem sicrano, muito menos beltrano
Eu sou Luísa. Poderia ser mais, mas também não sou menos.

Ora mais!

Daqui a pouco vai ser proibido sonhar.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010


Da janela lateral, do quarto de dormir "

O dia cheira a poesia
O céu é azul azul azul
Posso ver meus sonhos desenhados em nuvens

Abri os braços
E recebi abraços
Senti a tarde me beijar

Como é gostoso contemplar
Ter olhos-alma
Ver além do que é visto
Do que é entregue

As vezes me sinto assim
Alma Alma Alma

:)

domingo, 10 de janeiro de 2010

Um título qualquer


Inquietação da alma
Alma fora de mim
Longe da casca
Da casa

Onde será que estou?
Será que estou?

Sinto-me zonza

O filme não me prende a atenção
Não venta
A cidade está quente

Falta temperatura no meu corpo
Que sufoco!

Escrever me alivia
Sempre me causou alivio

Não gosto de ficar sozinha
Gosto de tagarelar

Há momentos em que prefiro o calar
Mas ainda assim
Com olhares por perto

Sem ter que olhar pro teto
Para me distrair.

“Todo mundo é parecido quanto sente dor”


Os olhos estavam marejados
Neles havia emoção
Contida por anos
Talvez chorasse escondido
Até dele mesmo

Sempre o achei durão

Quando pequena tinha medo de seu olhar severo
O medo impedia um maior afeto
Que depois de longos anos
Fez-se amizade

Ele necessita mais de mim
Do que eu havia imaginado

Hoje quando cruzei a rua para ir embora
Vi seu olhar a me procurar

Quando voltei
Ele chorou
E nunca tinha o visto chorar

Meu coração quis ficar triste
Mas se alegrou

Estava diante de um avô
Que eu talvez não o conhecesse
Se não o visse sentir dor.

Poesia em homenagem ao meu avô Henrique.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

:: Adeus Ano Velho ::


Fechando o ciclo
Foi-se 2009
A vontade de gritar: Vai-te! Foi GIGANTE.
Mas meu coração gritou, a alma vibrou.
Foi um ano ruim.
Não totalmente porque nasceram duas nuvens no meu céu
Celina e Laura. Minhas sobrinhas.
Porém, foi neste ano que descobri o quão a humanidade é cruel
Como “a mão que afaga é a mesma que apedreja”
Eu já sabia disso, mas não com tanto afinco.
Eu defino 2009 como uma cartilha.
Cheias de lições muito dolorosas
Saudades apertadíssimas e vivas a cada dia
Foi neste ano que eu aprendi a lidar com a ausência.
A perder uma pessoa em vida. Não perdi alguém que eu amo muito em morte, mas perdi em vida. Tenho certeza que dói tanto quanto. Ainda mais quando se trata de uma situação irrecuperável.
Foi um ano que decidi não lutar pelos meus objetivos, mas me conhecer ao ponto de me amar e não me suportar, tudo ao mesmo tempo.
Hoje sem qualquer dúvida, sei quem sou, mesmo que mutável. Descobri o que quero e o que não quero para a minha vida.
Queria poder agradecer a tanta gente por participar ativamente e não ativamente desse meu processo de autoconhecimento. Cada palavrinha, cada olhar, doce e severo. Tudo foi válido para que esteja hoje me sentindo alguém que QUER.
Como aqueles depoimentos no final da novela “Viver a Vida”.
Estou aprendendo a lidar com as minhas limitações, que não são poucas, porque sou uma pessoa totalmente emocional e que agora estou estudando, buscando a racionalidade para então ajudar o meu mundo e conseqüentemente o mundo no geral.
Quero mandar pro espaço todas aquelas pessoas que vestiram máscaras de sorrisos hipócritas e me chamaram de amiga. Para quem eu dei meu colo, quando o meu coração também estava em chamas.
Vão para bem longe, para um lugar onde não existam bons sentimentos, porque pessoas assim deixam o mundo cinza e as demais pessoas, aquelas que lutam para ser melhores, que vê o outro como a si mesmo, merecem cores. Então, pessoas cinza, se mudem. De preferência onde ninguém possa as ver.
Que venha muita magia, é magia sim! Porque eu acredito que existem coisas que não explicam, e que não capazes de transformar o que considerávamos perdidos.
Pode ser influência de Harry Potter (hahahaha), amo aquele bruxinho, e queria de verdade morar em Hogwarts. Brincadeiras a parte. Que venha muitos vaga lumes na vida de vocês.


Na foto: Uma grande amiga Carol , meu avô e eu.

domingo, 3 de janeiro de 2010


Carma

Flores caindo do teto
Sangue borbulhando
Escaldando minhas artérias

Sensação de êxtase

Almas encontradas
Nesse incoerente mundo

A garganta dói pelo grito mudo

Mudo-me de casa

Ainda assim você continua
Meu vizinho.

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria
Isso pra mim é viver!

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Vou usar uma frase do Ferreira Gullar, que me define: " A vida sopra dentro de mim pânica, como a chama de um maçarico, e pode subitamente cessar ".