segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Quatro malucos numa noite suja!


Antes de escrever esta historinha, eu ri muito, lembrando, de cada cena, cada gesto, cada maluquice!
Compartilhei com quem também a viveu, num bate papo via MSN. Ele não riu tanto, lembrou da raiva que sentiu neste dia, e eu não pude conter o HÁ HÁ HÁ.
Era uma noite atípica. Não costumo sair nas quintas-feiras, bom, não costumava.
Eu estava como uma típica personagem de romance mal sucedido, dividida entre dois, dois caras bem diferentes, porém, dois malucos. A mais maluca de todos era EU. Imagina só, eu marquei um encontro com os dois. Sim, eu tive a audácia de fazer isso.
Coloquei uma calça, um suspensório, all star, e fiz uma maquiagem legal. Lembro de pensar nos dois na hora de me arrumar, mas o moço número 1, o do violão, pairava mais sobre meus pensamentos, mas o moço número 2, era o que a galera torcia, e eu burra, como sou às vezes, ia me arrastando como uma lagartixa mais para o moço n° 2.
Enfim!
Fui antes de tudo, tomar um drink bem forte num barzinho próximo ao lugar onde havia marcado com os moços. Depois que a adrenalina e coragem bateram na cabeça, fui ao tal lugar. Chegando lá, estava o moço n °dois, um moço alto, do rosto comprido, que adorava falar sobre seus romances passados, com a voz de locutor de rádio. Fingi que nada estava acontecendo, mas meus pés estavam sambando debaixo da mesa, eu estava apreensiva!
Porém, depois de uns goles e elogios dele pra mim, eu cedi, beijei o moço alto, sem esquecer o número um aquele que um dia tocou Johnny Cash para mim.
Eis que chega a turma, e com ela, o moço número um. Gelei-me, fiquei branca, azul, verde, e o coração: Tum Tum Tum!
Não consegui disfarçar meu impasse. Ai para piorar TUDO, o moço número um pega o violão e começa a tocar The Doors, puta que pariu, quebrou minhas pernas. Quase que eu me jogo nos braços dele e o peço em casamento, ali mesmo.
Minhas queridas amiguinhas, achando que estavam me ajudando, me tiraram de perto do moço-violã-extase, e quando dei por mim, tava ali, do lado do carinha alto, do papo pra lá de marraqueche.
Acabamos indo para outro bar. Só que a gora era pior, eu estava com o moço alto e uma amiga que não estava na história, chegou e já puxou pra ela, o moço do violão.
Para onde fomos depois?
Para aquele lugarzinho reservador, com chave de número, pendurada na porta, cheiro de produto de limpeza, e espelho no teto.
Claro que não foi bom pra ninguém.
Mesmo no escuro, dava pra ver a movimentação. Que ridículo!
Fui fumar um cigarro, do lado de fora do lugar, e o moço, é, aquele moço do violão, veio comigo.
Fui lá, fechei a porta, tranquei minha amiga com o outro moço, e fumei um cigarro na paz com o meu moço do violão, mas que sem graça essa minha amiga, a história não é dela, oxe!
Depois do cigarro...
Beijamos-nos!
Minha amiga gritava: Ei vocês, voltem!
Voltamos. E vê que maluquice: Eles também haviam de se beijado! E eu ainda encenei um ciúme.
Voltamos pra casa, ás 10h da manhã.
Cada um pro seu canto, com a história a sua maneira.

A música que nos cabe:

domingo, 26 de dezembro de 2010

Todo mundo tem um...


Bom, mas eu também tive encontros inesperados, deliciosos, inusitados, alguns com trilha sonora.
Vamos lá, vou contar um conto que não é inventado...

Esse, sem dúvida foi o melhor!
Depois de uma noitada louca, cheia de álcool, ervas, músicas, cigarros. Eis que essa festa não se acaba, e eu zonza como estava, achei um mocinho tocando violão sozinho, encolhido no seu canto. Parecia esconder também, o seu talento imenso para as notas.
Eu, metida como sou, depois de algumas doses, pedi: Toca Johnny Cash!
Não é que o danado sabia, bem, ele não sabia a música que eu queria, mas sabia uma que eu adorava: “Folsom Prison”.
Juro que nessa hora, todo o meu universo entrou em órbita com algo mágico. Foi amor á primeira música.
Obrigada, Moço!

Pipoca e amor!


“É bem verdade que ‘Quem brincava de princesa, acostumou na fantasia...” Chico Buarque.
Eu como uma romântica inveterada, incurável, deliciosamente triste. Sim, porque ser romântico é viver numa ilusão.
O mundo nada tem a ver com os contos de fadas, que tanto assisti e me emocionei, e com os romances americanos, que vivo assistindo e me emocionando. Fantasio ser o personagem da moçinha, e que o moçinho é o meu príncipe, e no final de tudo me resta papel e caneta para registrar minha frustração: Não existe esse mundo cheio de coraçõezinhos.
Realmente é uma pena!
Selecionei um dos filmes em que eu gostaria MUITO, mas MUITO MESMO (!) de ter vivido, vamos lá:



Nota: Noah está no parque de diversões com seu amigo “Fin", e vê Allie, linda, doce, no carrinho de bate-bate e constata: É a mulher da minha vida!
Claro que como todo bom romance, há empecilhos. Mas, o amor sempre reina, para alegria dos nossos olhinhos e corações que brilham, até chegar o maldito “The End”, e nos trazer de volta a realidade.
Esse filme é medalha de ouro.



Aqui são duas em uma. Tanto eu queria ter vivido um amor quando achava que tudo era lembrança, como um amor inesperado, daqueles que vem com uma dose de implicância. Estou falando dos personagens Sophie & Charlie.
Ele diz para Sophie: “Você desperta o pior de mim “. Claro que o pior é o melhor, enfim!
Esses romances com briguinhas são o máximo!
O filme é todo lindo, lindo , lindo!



Nota: " Charlie é um cara muito pé no chão e Jordan é seu total oposto, uma mulher linda mas totalmente maluca. O amor é a primeira vista. Mas imagine um relacionamento que começa da forma mais bizarra possível e que passa pelas maiores catástrofes possíveis. Assim é o relacionamento dos dois, algo aparentemente sem o menor sentido e que tem tudo para dar errado naquele momento da vida deles. A grande ironia é que a única chance que lhes restam é dar o famoso tempo ao tempo. "
A cena deles brincando na estação de metrô é muito divertida!
Queria ser Jordan, ah como queria!



Oliver e Emily se conheceram em um vôo de Los Angeles para Nova York e um amor à primeira vista surge, mesmo eles tendo características totalmente divergentes. Ele é um recém formado que traça vários planos para atingir sucesso profissional; ela é desleixada e espontânea, que prefere não traçar planos para o futuro. Durante sete anos, eles se encontram periodicamente, mas em meio a tantos conflitos, parece que a vida não quer que eles se unam de vez. Gostoso demais de assistir! E quando ele canta p/ ela, mesmo desafinado... é lindo!



Nota: Esse filme é de rir e chorar, sim (!), ao mesmo tempo.
Essas duas mulheres, muito bem representadas por Kate Winslet & Cameron Diaz, representam o melhor da bagunça que é ser mulher. E de que quebra, tem dois atores muito bons, Jude Law e Jack Black, que estão incríveis. Eu me apaixonei loucamente por esse quarteto. E assisto a esse filme todas as vezes que alguém topa assistir comigo, ou quando passa na TV.
Além do saboroso romance, ele vem recheado de lições humanitárias com um teor alto de humor.
Palmas.

Esses são os melhores!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Um passo...


E?
Céu ? Inferno?
Não te preocupas, no seu caminhar há os dois.
Ninguém vive só de calmaria, nem só do arder da alma.
A vida é a junção de ambos.
E eu não me preocupo não.
O julgamento mais severo, sou eu mesma que faço
Eu não me aliso a cabeça
E as vezes me farto de beijar-me os braços.

[Eu]

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Conto em letras garrafais


Todos os dias esvaziava uma garrafa, colocava dentro sua mensagem, e a entregava ao mar.
Nunca recebeu resposta.
Mas tornou-se alcoólatra.

[ Marina Colasanti]

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

...


Eu sabia que ao lhe encontrar, toda a inquietude ia me golpear o peito.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Palavras que você me pediu...


Quase dois anos sem lhe ver.
Não pensei na hipótese de lhe reencontrar, de reencontrar um sentimento que eu tinha dado atestado de óbito.
Lá estava você. Lá estava eu.
Um baseado, uma vontade gigantesca de se devorar. ( mutuamente).
Não havia estranheza, como geralmente acontece com duas pessoas que passam tempo sem se ver.
Havia alegria, mesmo com seu vazio interior que lhe abatia a face.
Ainda assim, eu enxergo beleza em você, que arrasta meu olhar como um imã, tal qual a música Leãozinho de Caetano Veloso.
Ficamos a observar o céu, onde os pensamentos se encontraram no desejo de um céu mais limpo.
Enquanto eu lhe pedia ajuda para ser fiel, e você me falava que eu tinha que ser leal, e isso tudo me deixa confusa.
Foi a primeira vez que você falou sobre como se sente ao meu respeito.
Você não tem idéia da sensação que me deu.
Não que eu achasse que você não tinha qualquer sentimento por mim, eu sabia sim, mas você nunca havia verbalizado. E afinal, quem não gosta de ouvir?
E o engraçado é que eu também me sentia como você, um objeto, porém, você estava com razão, eu sempre dei margem para isso. Sempre muito apressada, como se despedir mais cedo diminuísse a culpa e a felicidade de estar ao seu lado.
Na verdade, eu me sentia mal com sua “ frieza”. Sempre praguejando contra o amor, e como era insuportável a vida á dois. Sem contar nos e-mails não respondidos, sem a preocupação de saber se eu tava bem ou não. Enfim.
O pior é que eu partilhava da mesma idéia que você, de que era impossível ser feliz estando preso em um relacionamento e de certa forma ainda penso assim. Mas com o tempo e ausência de nós, eu amadureci. Descobri paixão na fotografia, no Cinema, em mim mesma. Sem deixar de ser porra-louca. Eu preciso da loucura para não me tornar nula.
E com todas essas descobertas, sobre mim mesma, pude suportar e em vários momentos, adorar a vida á dois.
Achei lindo você dizer que quando me vê, fica com o astral melhor.
Foi uma das frases mais saborosas que já ouvi.
Não porque sou louca por você, pelo prazer da carne que é óbvio, mas porque EU ADORO VOCÊ.
Estar ao seu lado é estar junto á liberdade.
Você ri das minhas besteiras. Lezado, acho isso lindo!
Senti que você me beijava como seu fosse morrer, com tanta vontade, havia saudade, não havia?
E eu poderia morrer mesmo, nos seus braços...
Desde que saí de sua casa, sinto uma estranha felicidade.
Estou preocupada também, não quero te ver vazio, com os olhos parecendo um cais em noite sem lua.

É, eu não posso sumir por mais um ano e meio.

Nos vemos em breve.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sabe aquelas lembranças que vem subitamente?



Minha avó estava olhando o álbum de minha filha, de quando ela nasceu.
Entre risos e emoção, me deparei com uma parede azul, do quarto que foi meu quando adolescente, e instantaneamente me veio á face do primeiro namorado. Era naquelas paredes azuis que guardava meu choro, como um peixinho num mar imenso, mas sozinho.
Fui assaltada a mão armada por uma saudade inexplicável.
Um vazio no corpo, me dei um abraço, como se fosse o abraço dele.
O senti pertinho, mesmo tão longe, tão longe de fato. Ele me excluiu da vida dele. Eu entendo...
Mas faz tanto tempo!
Mais de seis anos que não nos vimos. Eu queria apenas dizer : “ Eu preciso saber da sua vida, peço alguém para me contar sobre os seus dias “.
Guardei a saudade e resolvi me desligar mais uma vez.
A parede ficou verde de esperança e meu desejo de alegria foi um arco-íris.
Vou mandar –te essas palavras, por e-mail, queria que fosse por carta, como fazíamos, e era tão lindo. Mas o destino veio, malvado como ele é, as vezes, e nos separou. Então, nada de cartas, alguém que não está e jamais estará nessa história, pode ler, e o que era pra ser saudade, virar infelicidade.
E o que eu quero é amor!
Eu ainda te amo.
Sim, o pra sempre não acaba.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Coisas lindas que a gente lê...


" A saudade é uma sombra negra de um passado cor-de-rosa"

Narração de Marco Nanini e sua voz poética.

:~

Do filme Copacabana.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu e Lost



Por onde começar?
Estou triste por terminar.
Quando o seriado Lost passou na televisão, eu não o acompanhei e por não acompanhá-lo, eu acabava por criticar. Coisa mais sem lógica! Se estavam todos mortos como tiveram filhos, morreram de novo? Enfim, essas caramiolas que certamente eu não resolveria se não assistisse todos os episódios, TIM TIM por TIM TIM.
Foi uma espécie da paixão a segunda vista. Acordava pra assistir Lost, almoçava Lost, jantava Lost, dormia Lost, sonhava Lost. Estaria eu ficando Lost?
Procuro definições, palavras menos repetidas possíveis para falar da série.
Pois são muitos os apaixonados por tal, de todas as nacionalidades.
Todo mundo se sentiu um pouco como cada um, como todos. Além daqueles personagens que são os nossos meninos dos olhos, que foram os mais difíceis de dizer adeus.
Vivemos um mundo paralelo. Começamos a questionar nossa própria existência. De como devemos nos comportar diante da vida e dos outros.
Será que existe purgatório? É possível escolher um lugar para acertar as contas pendentes, onde haja pessoas que estejam em situações semelhantes?
Como eu comprei todas as temporadas, não passei 06 anos vivendo LOST, passei apenas meses, vivendo Lost e a mim mesma de forma intensamente louca.
Não entendo as críticas feitas ao final, ao grande finale. Quem realmente assistiu, de alma aberta e a cuca funcionando, entendeu tudo e assim como eu, se emocionou, sorriu, vibrou, e veio à parte difícil: dizer adeus.
Ou então como o personagem Desmond adorava dizer: Te vejo em outra vida, irmão.
Sentirei muito a falta de todos, TODOS!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

08/09/2010


Hoje acordei com uma moleza na alma, uma preguiça no corpo que pedia que meus olhos ficassem fechados. Que deixasse meu quarto a meia luz, assistisse a um filme bem profundo. Daqueles que a gente jura que vivenciou.
Sozinha, é tudo que quero nesse momento, estar sozinha.
A bebida tem me deixado mal, um pouco down.
Gosto ruim na boca, sentimento de culpa, a famosa ressaca moral. E não tenho feito nada que me envergonhe, além do fato de bloquear algumas vontades.
Não quero mais o rótulo de “ A doida”, como também não quero “ A regenerada”. Quero apenas liberdade e espaço para expandir o meu eu.
O céu está cinza e faz um frio gostoso, daqueles que se aquece com calor humano. Porém, o calor humano que me é acessível não me apetece neste momento. Nesse contato com a minha interioridade.
Estou á espera da aula de fotografia e confesso que nem isso está me motivando hoje.
Queria minha cama e meu lençol lilás. A casa limpa e com cheiro de flor.
Não queria pegar peso, mas estou me sentindo acima dele.
São tantas obrigações a serem cumpridas. O nome já diz, não é?
OBRIGAÇÃO!
Diabo de palavra maldita!
Faz com que a gente se sinta enjaulado.
Queria um beijo caloroso, doce.
Que ele viesse bater na minha porta, sem nome, sem telefone, um beijo desconhecido

Dores/ mar de ardores
Todas as camas rodeiam invisíveis
Sabendo de todos os nossos amores
Indivisíveis.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O que é a lembrança, afinal?!


Dias desses antes de começar minha aula de fotografia, fiquei pensando sobre um romance passado. (passado?)
Lembrei de inúmeros papos que tive com minha melhor amiga, sobre este tórrido romance.
Sabe quando ninguém apóia?
Algo de errado deve haver, não é?
Pois bem, havia inúmeros erros. O maior deles era a não concretização.
Um dia eu acordei com sede desta pessoa, do meu S.
Liguei para minha melhor amiga, para compartilhar sobre essa coisa que me transportava para um lugar cheio de luzes vibrantes, me chamava para perto, e quando terminava aquele montueiro de luzes, vinham àqueles olhos devoradores de corações sensíveis. Que drama! Mas era mesmo cena dramática, de filmes que a gente jura que vivenciou.
Era como se ele fosse aquela cerveja estupidamente gelada, do bar próximo a minha casa e tudo que eu olhasse lembrava “aquela cerveja”. O amarelo do sol, a espuma do sabão da calçada sendo lavada, a euforia de dos adolescentes se tocando, escondidos do mundo.
Eu precisava daquela dose, daquelas.
A minha amiga me indicou uma terapia, disse que eu precisava de amor-próprio, E blá.
Papo de melhor amiga, e estudante de psicologia.
Pior que não era apenas ela que levantava a bandeira de NÃO ao meu romance. Era todos, o mundo.
Em tudo lugar havia uma placa de STOP!
Mas naquele dia, eu o bebi como quem bebe uma cerveja gelada, em pleno meio dia de um sábado caloroso.
Voltei pra casa como quem viu um passarinho verde, como quem tirou um coelho da cartola.
É... Ninguém entenderia tal euforia. Porque no fundo, queremos sempre um fato, um sentimento carimbado, abaixo da frase: Estamos juntos.
Isso nunca ocorreu.
Porém, nesses dois anos havia um vulcão em meu corpo.
Sinto falta disto.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Noite estranha



Tive um dia tão tranqüilo, apesar da gripe. Tirei o dia para descansar, assistir seriados, em especial “ The L World”. Não sou lésbica, mas nem por isso, acho o seriado desinteressante, muito pelo contrário, ele é muito rico em diálogos, tramas, os personagens são intrigantes, é envolvente. As cenas de sexo são bem apimentadas, as vezes até passo rápido com o controle. (besteira minha).
Fui ao jardim sentir a luz vinda do sol, que estava um pouco frio, como se tivesse alguma inquietude. Consegui três boas fotos.
Parece que a inquietude do sol veio para mim. Meu coração ta com uma espécie de dor em grau menor, aguda. Sabe?
Daquelas que vem sem quê, nem por que.
Estou naqueles dias e isso deve ter muito a ver.
Gostaria de estar sozinha hoje. Eu, meus pensamentos, minha análise própria.
Não queria estar aqui no computador, tendo que ouvir o barulho do jogo do Flamengo (Argh!!!), logo eu que sou VASCAÍNA!
Quando se vive um relacionamento, há de se abdicar de paz de espírito, também! Aborreci-me com uma pessoa, pela qual eu matinha um afeto, nem sei porque, ela foi uma das pessoas que mais me apunhalou pelas costas, aliás, sei, eu nutria esse afeto porque não costumo guardar mágoas. Aprendi com a vida que perdão é uma grande virtude, e perdoou sem esperar reconhecimento, seja daqui da terra, ou do plano espiritual, é algo meu mesmo. Porém, hoje essa pessoa foi tão ríspida que eu resolvi anulá-la de minha vida. E toda despedida dói, não é verdade?
Não darei tchau para esta pessoa, nem até logo. Ela já foi.
Por isso, meu coração está um pouco apertado, mas nada como uma boa noite de sono, um filme na madrugada e uma aula de responsabilidade social ás 7:30h da manhã, não cure qualquer resquício de dor mal vinda.
Eu prefiro viver.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Acaletando os olhos


Há calma no quarto
A criança dorme
Tem lábios rubros
Olhos fechados para o sonho
Ao seu lado descansa o pai
Cansado de noites festivas
Na cama ao lado, encontra-se a mãe
De papo com a madrugada
Sobressaltada de lembranças
Que não a deixa dormir
O sono da filha acalenta o sono da mãe e do pai
Enquanto o mundo lá fora
Prepara-se para receber e se despedir
De vidas.
:: Luísa Fernandes ::

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Aquela tarde


E a sua vida não tinha mais sentido
Sem aquela tarde
Entre fotos, cafés e cigarros
Procurava os restos de tempo que sobravam em seu coração
Enquanto ele aguardava o trem
na estação.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

ÊÊÊ


Depois de um longo e caloroso verão
Cá estou de volta
Para ler cada pedaçinho de vocês
E contar novas aventuras :)

:*

domingo, 30 de maio de 2010


Sabes moço
Quando você não está
Na minha janela, a cantar
Fica um pedaço de saudade
Para guardar
.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

...


Quando desceu rua a baixo
O meu ser desceu também
Que nem esgoto a céu aberto
E a minha alma também estava podre
O cheiro de flor morta
Exalava no ar
Estava sofrendo, ardendo
Era um miserável apaixonado
Doente.
Não conseguia sequer fumar
Viciado como sou
Temia que o cigarro tivesse o gosto dela
O seu sorriso gritava dentro de mim
Chorei feito criança
Queria colo, consolo, socorro!
Queria...
Nada poderia trazê-la de volta
Eu a tinha mandado embora
Antes que ela me tirasse o resto de vida
Que eu sonhava em viver.

sábado, 22 de maio de 2010

...



CULTIVO O QUE SINTO
NADA FOI NEM SERÁ EM VÃO
DIGO, PROPONHO, NÃO MINTO
AINDA ESCULPO TEU CORPO COM A MÃO"
NÃO SOMOS MAIS IMPRESCINDÍVEIS
PERDEMOS O ENCANTO DO INÍCIO DA ESTRADA
AINDA NOS AMAMOS, APESAR DE NÃO CONVERSARMOS
NOSSO RELACIONAMENTO NOSSO PRIMEIRO CAMINHO
HOJE NOS ENGENDRAMOS EM ESTRADAS SINUOSAS E ANTAGÔNICAS
DEPARAMOS-NOS ÀS VEZES
E A PODRIDÃO DOS NOSSOS DIAS CASTRAM-NOS O SORRISO
VIRAMOS A CARA, VIRAMOS A PÁGINA
E PARTIMOS PRUM NOVO CASO DE AMOR
ÁVIDOS, DOCES, ABERTOS E IMPUNES
COM UMA BOA BAGAGEM E CHEIOS DE AMOR
CONSTATO QUE FOMOS VÁLIDOS
E NUM CANTO DE NOSSA ALMA CULTIVAMOS O RETROCESSO

domingo, 9 de maio de 2010

Carta ao adeus



Vivo me perguntando por que cargas d água eu gastei tanto tempo e energia com você e essa não é a pior parte pior, eu gastei sentimento, leia-se s e n t i R.
Mas precisamente 700 dias de pensamento, sentimento, gasto com ligações, mensagens, e-mails, caminhadas até a sua casa. Sim! Porque você nunca se dignificou a ir ao meu encontro. Não! Não estou sendo justa. Houve algumas vezes quem que você veio ao me encontro.
Tínhamos uma espécie de relacionamento aberto. Você chamava de caso, amizade, tesão. Mas eu sou mulher, preferia denominar de relação por mais louca que fosse.
Conversávamos muito, aliás, você falava sem parar, dava a impressão que eu era a única pessoa no mundo que lhe ouvia. Talvez fosse mesmo.
O sexo era ardente, selvagem, verbal também. Você falava que eu ia ser sua para sempre e outras besteiras que não vale a pena repetir.

Tantas tardes, onde eu olhava para o céu e via a tarde cair, não só sobre os meus olhos, mas dentro de mim.
Tudo estava desabando.
Comecei a te cobrar carinho, atenção, sobretudo amizade. Você não respondia aos meus pedidos. Não respondia os e-mails, mensagens e não era sempre que atendia minhas ligações.
Estava mais frio que de costume. Mas ainda assim nos encontramos algumas vezes e foi um tanto mecânico: beijo,tira roupa, sexo, beijo e tchau.
Aquilo estava me matando.
Cadê o carinho? O abraço? O saber como o outro estava...
Resolvi então me afastar.
Porém, eu estava experimentando aquela sensação que os dependentes químicos sentem, o vício, a abstinência. Estava dependente de você.
Senti falta física e emocional. Chorei, vomitei, tive insônia, febre, tristeza.
Pensei que meu coração ia ser sempre um quarto escuro.

Ufa! Eu passei dessa para uma MUITO melhor!
Aprendi tanto, mas não te agradeço, eu aprendi comigo mesma. Acreditei em mim e fui minha melhor amiga.
Você? O que é você? Quem é você?
Bom, descubra sozinho.
Um mês atrás, eu lhe vi, você mal me cumprimentou e não doeu, eu apensa pensei: Como é triste ser você.

E não há mágoas.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O adeus



Na estrada éramos dois estranhos
Buscávamos apenas uma xícara de café
Naquele vagão que dava para a janela

Entre olhares e histórias compartilhadas
Embarcamos na roda gigante

Seus olhos beijavam os meus
Já estávamos a nos dizer adeus

Eu sentia a tarde fria sobre o meu coração
Tinha a cruel certeza de que somos
Pedaços de lembranças na vida das pessoas

Estávamos, eu e você
Você, sul
Eu, norte

Sem promessas
Sem qualquer resquício de certeza
Após o amanhecer.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Meu pai





Sempre penso que meu Pai é um menino
E é bem verdade
Menino, ele nunca deixará de ser
Não consigo enxergar nele, as marcas do tempo
Elas não são evidentes no seu rosto
Nos seus olhos caídos
Que eu herdei

Quando menina só dormia quando
Ouvia o barulho do seu carro
E por vezes fui escutar seu coração
Temendo que ele morresse
Como eu era boba!
Mas esse sempre foi o meu maior medo

O meu Pai é meu companheiro
De musica, de folia e até de silêncio

Parafraseando Vinicius de Moraes
Com a licença poética que nos cabe

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morresse o meu amigo, o meu Pai
Amo-te, Pai.

Foto: Meu Pai e meu avô.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Sinto saudade de todos os meus amores




Estranho isso, não?
Mas invariavelmente eu me lembro de cada um, antes de dormir, ao acordar, no ônibus, quando ouço uma canção. Ás vezes abro um sorriso e até riu alto e as pessoas me olham achando graça. Ás vezes vem uma lágrimazinha chata. Uma nostalgia daquelas que parece golpear seu coração, acompanhada de uma tontura.
Saudade!
Sentimento misturado com sensação totalmente inenarrável, absurdo e algumas vezes até malvado.
Também costumo sentir os cheiros marcantes destas pessoas. Como o cheiro de cigarro carlton, o perfume barato de revista, o cheiro de banho tomado, e etc.
Cheiros pessoais.
Acredito que nunca vou deixar de amar essas pessoas, de alguma forma o amor será sempre conservado, regado, pelas lembranças eternas e ternas.

segunda-feira, 5 de abril de 2010


“ Sabes ainda meu nome?- Fome. De mim na tua vida. “

Estava você com aquela blusa preta que eu adoro
Aquele all star verde que me fez gastar um terço do salário
Deixou-me numa viagem como se fosse ácida
Euforia, vontade de rir
Mas porque rir?
Você já não era mais parte de mim
Como não?
Você partiu, mas ainda é parte
Daquele meu sorriso torto e tonto
Que você conhecia bem
Agora parecemos dois estranhos
Aliás, somos
Que ironia é essa vida
Hoje amor, amanhã dor

Sigo caminhando
E lá na frente
Bem lá na frente
Vejo-me sem seu amor

Mas há um forte calor.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Mar e Amar


O mar de amar
Há de cantar
Em cada luar
E quando eu me desesperar
Ele virar me calar
E ao meu pranto suspirar
E no seu canto
Eu irei deitar
Sonhar
O seu amor
É ar!

terça-feira, 23 de março de 2010

Ó meu bom Jesus olhai as crianças do nosso MUNDO


O que está acontecendo com a pureza e inocência dos nossos pequenos
Crianças com armas
Matando sem culpa
E de quem é a culpa?
De uma sociedade estúpida, superficial e banal
Na época de eleição
Os políticos-palhaços
Em seus espetáculos falam:
“As crianças são o futuro da nação”
O que estão fazendo por elas?
Condenando a prisão perpetua?
Quem deu a arma para essa criança?
Quem não lhe ouviu quando seu coração estava apertado?
Dói na alma saber que os pequenos não brincam na rua
Não sonham com jogos, bola, boneca
Por onde começar?
Trata-se de uma sociedade doente, demente
Mas é preciso atenção
Porque se não...
Seremos todos impuros de coração.

quarta-feira, 17 de março de 2010


Ela vestia um vestido azul anil. A s costas nuas.
Perfume entorpecedor de flor
Pediu-me um cigarro
Pensei em dar-te a minha vida
Naquele momento era tudo que pensava
A minha vida com aquele mel
Dos seus olhos
E o cheiro, ah o cheiro
Sentou ao meu lado
Queria companhia
Disse-me que queria dançar
Tratei logo de convidá-la
Tocava ACDC
Era “ I Love rock roll “
E agora como dançar ali?
Dançamos como dois bobos
Foi quando me disse que se chamava “ Mel “
Sentiu o cheiro de menta da minha loção de barbear
Perguntou-me: Que tal juntar a menta e a flor?

Quando acordei
O vestido azul anil estava junto as taças de vinho
Sobre o chão
E o corpo nu de Mel
Sobre a minha cama

Quando o sol da manhã invadiu seus olhos
Deram-se bom dia
E seguiram para o dia

Quando Mel chegou em casa
Viu uma rosa em sua caixa de correio
Com um bilhete azul anil
Dizendo: Foi uma noite doce. Topa um café, com mel e menta?
Me liga.
Ela ligou e...

quarta-feira, 10 de março de 2010

" A criança é pai do homem."


Chegou atordoado em casa.
Sabia que sua esposa percebera a sua ausência emocional nos últimos meses. Porém, nos últimos dias o cotidiano tinha se tornado insuportável.
A indiferença dele, o silêncio dela, a filha que só desenhava e em seus desenhos as pessoas não possuíam bocas.
Joana tinha apenas seis anos, mas uma grande sensibilidade para perceber que estava em um lar desfeito.
A empregada anunciava o jantar.
O marido preferia doses de uísque, a esposa preferia um chá de camomila e a pequena Joana sentou a mesa sozinha, aliás, colocou duas bonecas nas cadeiras vazias e com elas conseguia ter um jantar agradável.
Os pais não percebiam que a ausência de ambos causava um grande vazio no dia a dia da menina, que estava tendo problemas na escola, por excesso de sensibilidade. Chorava por tudo, e com isso os seus coleguinhas zombavam dela, chamando-a de Maria chorona.
Os pais foram chamados na escola, mas esquivavam-se, ambos se diziam muito ocupados. Ele médico, ela jornalista. Mas tinham tempo livre sim, não queria compartilhar suas frustrações.
A mãe lia o jornal, o pai assistia a um filme, quando Joana falou: Quero ser adotada.
A frase da menina deixou seus pais estupefatos.
- Mas por quê? Indagou a mãe
A menina com a voz mansa e chorosa respondeu:
- Quero morar numa casa onde as pessoas conversem, sorriam se abracem igual na casa das minhas amigas. Cansei de conversar com minhas bonecas, elas também não falam como vocês.
O silêncio da casa estava sufocando os ouvidos da pequena Joana.
A mãe tonta com a situação correu para abraçar a menina, enquanto ela tentava arrumar uma malinha.
- Não faça isso, filha. Pediu a mãe.
- Vou esperar três dias, ta mãe? – Respondeu Joana.

A mãe e o pai sentaram para conversar, uma conversa franca.
No dia seguinte, o pai saiu de casa. Despediu-se da menina, prometendo vê-la em todos os finais de semana.
Semanas depois,uma certa harmonia pairava no ar.
A mãe conversava mais com a filha, almoçavam juntas, jantavam, faziam tarefas escolares, e nos finais de semana o pai de Joana era seu grande companheiro.
A pequena Joana entendeu como a paz é primordial e os pais concluíram que a sapiência infantil é necessária para a falta de coragem dos adultos.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Para sempre nunca mais


Passaram se um ano e cinco meses.
Depois de uma tarde de muita conversa, cigarros, doses, sexo, pedidos, promessas e despedidas, ela pensou com seus botões que estava diante de alguém igual a ela.
Ele os definiu como “sexualmente iguais”.
Duas pessoas livres de qualquer regra imposta pela sociedade. Que por vezes agem com alto grau de egocentrismo.
Criaram um laço instransponível. Pessoas ligadas ao deleite da carne, a forma louca de sentir veleidade.

Uma química totalmente inexplicável, que chega até ser absurda.
Chamaria de faísca. Essa palavra cai bem.
Ela relutou tanto para não entrar nessa relação maluca. Nunca acreditou em relacionamento aberto, mas ultimamente têm pensado com carinho no assunto. Que perigo!

Sempre gostou de liberdade, ele também. Mas ainda assim buscavam relações estáveis. Talvez para que a loucura fique olhando de rabo de olho para as cenas cotidianas, bem atrás das cortinas, para se sentirem mais sãos.
Ela escuta os seus desabafos, sobre os relacionamentos frustrados, a falta de perspectiva.
Aprende com ele sobre os labirintos da mente humana.
Vê nele tanto talento desperdiçado. Seria um ótimo analista, filosofo, quem sabe.
O tem como amigo.
Ninguém acreditaria se ela o definisse assim. Talvez nem ela.
Quanto a ele, ela tem certeza que ele a vê como amiga, até mais do que como amante.
Durante um longo e árduo tempo isso doeu, agora não mais.

São um tanto insensíveis um com o outro. Não costumam se abraçar, fazer carinho um no outro.
Alguma coisa trava.

Não há mais nó na garganta. Coração doente/demente.
Só uma vontade gigantesca de estar perto.
Ela tem certo cuidado com ele, o vê tão fraco.

Olhando de perto existe um ar infantil, de menino que viveu cedo demais coisas que só os adultos vivenciam.

Há um imã.
Um pacto sabe se lá com quem. Mas há!
Mentiria se falar que esse relacionamento não deixa os outros na corda bamba.
Ela até se apaixona, caí de cabeça em outros relacionamentos, esquece dele. Porém, basta qualquer sinal para que os sentidos se alarmem e a levem para ele e vice versa.

Serão sempre amantes?

segunda-feira, 1 de março de 2010



A pureza de existir dar-se na busca do infinito. Do novo. Das lições diárias sobre o nada e o tudo porque na verdade tudo parte do querer, do achar-se.
Não adianta procurar nas palavras alheias, o que queres resgatar em si mesmo. Mesmo que sejam palavras afetuosas ou até ásperas para te fazer acordar.
O nosso coração pulsa no relógio no mundo. As horas são companheiras dos pensamentos profundos, desvairados, puros.

Não devemos explicação a não ser para nós mesmos. Todo mundo é um ser errante, mesmo revestido em crostas de perfeição. Um dia o mundo caí e cabe a nós juntar os pedaços de nossa alma.

Só nós sabemos como!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010


Sabe aquela música que você escuta sem parar?

Essa é uma das que eu não canso de ouvir. Sempre me deixa com uma energia boa!

Timidez
Biquini Cavadão

Toda vez que te olho
Crio um romance
Te persigo, mudo
todos instantes
Falo pouco pois não
sou de dar indiretas
Me arrependo do que digo
em frases incertas
Se eu tento ser direto, o medo me ataca
sem poder nada fazer
Sei que tento me vencer e acabar com a mudez
Quando eu chego perto, tudo esqueço
e não tenho vez
Me consolo, foi errado o momento, talvez
Mas na verdade, nada esconde essa minha timidez
Eu carrego comigo a grande agonia
De pensar em você, toda hora do dia
Eu carrego comigo, a grande agonia
Na verdade nada esconde essa minha timidez
Na verdade nada esconde essa minha timidez

Talvez escreva um poema
No qual grite o seu nome
Nem sei se vale a pena
Talvez só telefone
Eu me ensaio, mas nada sai
O seu rosto me distrai
E, como um raio,
eu encubro , eu disfarço
eu camuflo, eu desfaço
Eu respiro bem fundo
Hoje digo pro mundo
Mudei rosto e imagem
Mas você me sorriu
Lá se foi minha coragem
Você me inibiu.



É muito lindinha!!!!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Carta a minha avó




Foi eterno enquanto durou.


Foram cinqüenta e oito anos juntos.
Da para imaginar o quanto de vida existiu nessas vidas?

Ela tinha dezesseis anos quando lhe entregam a ele.
Ele, no auge dos seus 20 anos. Loiro, dos olhos azuis de céu. Um típico galão hollywoodiano.


Ela era uma menina. Uma linda menina morena e faceira.
Mas uma menina.
Não haviam lhe ensinado sobre quase nada.
Tinha o sonho de ser médica. Tinha dom e paixão por tal.
Deram-lhe um véu.
Ela casou
Logo veio uma boneca viva
Deram-lhe o nome de Anchella
Em homenagem a sua avó materna, que a menina não conheceu.
Alva que nem o Pai
Seria então a sua grande companheira
A mãe menina passeava com a sua menina
Brincava, alimentava, cantava para ela dormir

Fumava seus cigarros nas horas vagas
Sonhava e sonhava

O marido chegava tarde. Queria o jantar, pedido atendido
Queria amor, tinha de bandeja
Eram três.

Logo depois veio outra boneca. Uma boneca morena e sensível, que lhes deram o nome de Rejane.
Exigia mais cuidados, mais atenção.
A mãe menina queria chorar, queria colo, queria dançar até cansar
Mas não podia
Tinha que lavar fralda, cantar, balançar.
Entendia então que a sua missão chamava-se cuidar
E fazia isso com todo o afinco
Não reclamava
Buscava naquelas atividades diárias, divertimento
Inventava brincadeiras, canções
Era feliz.

Tempos depois...
Mais uma semente!
Ganhou o nome de Marcos
O primeiro e único filho homem
Muito apegado a mãe
Costumava passar a mão pesada em sua testa
Dizendo que a sua enxaqueca ia passar.
Foram anos de muita luta
O marido preso. As condições financeiras péssimas.
A falta de notícia.
E Salete, a mãe menina, mesmo com toda a dor, tornava feliz a vida dos seus filhos.
Ela sempre teve muito amor no coração.
Mudaram de casa.
Moraram em uma onde havia um rio no quintal
Em outra tiveram uma noite de Natal com muita dificuldade. A ceia foi servida em cima de uma caixa.
Mas eles se mantinham fortes.
Casal jovem, bonito e com muita coragem de enfrentar a vida.
Foi então que veio mais uma sementinha para completar a turma.
Ganhou o nome de Sara
Que significa “princesa”
Não há nome melhor.
O tempo desgastou a vida a dois.
Ele enlouquecera.
Já não era mais o Henrique cheio de vida
O ciúme doentio havia lhe transformado em um ser ríspido.
Separaram-se
A dor foi repartida em duas partes
Iguais
Ambos pensam que sofrem mais que o outro
Enganam-se

Ele cala em si a dor
Ela expande a dor

Difícil retomar a vida após anos caminhando juntos, mesmo com todas as divergências, porém não se deve continuar andando para trás.
Foi um fim necessário.
Para terminar vou usar Chico Buarque: “Porque não há nada sem separação. A vida tem sempre razão”.

" Quem não sabe nada, se cale "


Em uma conversa durante a aula, no meu curso de Serviço Social:
Fulana diz:
- Eu assumo, não gosto de negro. Ui! (expressão de aversão)
Sicrana diz:
- Eu até gosto, mas não para namorar
Beltrana termina:
- Ah, isso é normal. Na sociedade existe muito preconceito, mulher.
Ai que raiva que me deu!
Questionei com a frase: O que é normal para vocês?
Claro que ninguém respondeu. Ficaram se entreolhando, rindo.
Como é normal não gostar de negros?

Quer dizer que agora o que um fala vale para todos?
Realmente, estamos caminhando para o fim dos tempos.
A humanidade está em constante decadência.

Viva a mistura de cores!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Selinho!!!


Mais uma vez ganhei um selo de Lucas, do Poesia Declarada :)

Muito obrigada, darling!

Poesia em nossas vidas, sempre!


:)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


É estranha e mágica a maneira que convivo com os meus sonhos.
Há no meu coração um vazio imenso, irreparável
Uma saudade que não finda. Durmo e acordo com ela
Mas sabe que coisa mais impressionante!
Os sonhos têm me presenteado. Costumo viver tanta coisa indescritível com essa minha saudade. A gente se abraça se diz coisas verdadeiras, daquelas que ardem e se abraça, e recupera o tempo perdido.
É como se os meus sonhos me projetassem para outro plano, onde as pessoas costumam resolver suas diferenças de uma forma pura, às vezes dura, mas pura.
Quando acordo da uma tristeza de pensar que nada passou de um sonho, mas com o decorrer das horas eu vou vendo que isso é um presente. Um tempo para matar a saudade e sentir que o amor ainda existe. Aquele amor de tia e sobrinha que nunca se foi de verdade, apenas pegou o caminho da esquerda que um lobo mau ensinou.

Não é apenas essa saudade que meus sonhos me ajudam a amenizar.
É a saudade do meu cachorro que está no céu dos cachorrinhos
Da melhor amiga que está morando longe
Da minha infância

Até com roteiro de filme, eu já sonhei.

Os meus sonhos são meus grandes amigos.

domingo, 21 de fevereiro de 2010


Faz tempo que não lhe vejo
E que não o vejo dentro de mim

Noite passada, sonhei que te abraçava
E você me pedia para não te esquecer

Engraçado

Eu te esqueci.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010


Um tempo sem escrever no blog.
A inspiração foi viajar e quando voltou às ruas estavam coloridas e os rostos estavam pintados.
Havia frevo, samba, suor, cerveja, abraços, folia!
Foram dias de projeção para outro plano.
Acordava-se para folia e dormia com o corpo cheio de confete e serpentina.

Conheci pessoas fantásticas e não as quero perder de vista.

O corpo ta cansado, mas estou com muita fome, sede, vontade de vida.

Chegando à casa dos 27. Não estou me sentindo velha ou envelhecendo.
Amo fazer aniversário. Hahahaha

E que venha muita inspiração para todos nós!!!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010



Era canção
Passou a ser verso
De repente virou verbo
Para então adjetivar
Tornou-se mar
A desaguar


Desabrochou para murchar
Os beijos, cálice
Os abraços, sala de cinema
A pipoca, poema
As mãos dadas esquentam o frio
O riso tímido, guardado.
Olhar distante, nas horas centradas
A ansiedade escondida no bolso
Nas palavras, o conforto
Sentimento que não pertence ao calendário
Ao relógio
Que ainda não tem nome
Nem codinome
Existe em um lugar onde jogaram a biblioteca fora
Talvez se chame coração
Oração
Canção
Sem razão
Multidão.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

:: Lucidez do amor ::



Costumávamos sentar naquele mesmo lugar. Perto das folhas secas, com vista para o mar.
Foi naquele lugar sublime e desconhecido que você me pediu em namoro, como nos tempos antigos. Nem olhávamos a tempestade que nos cercava. O ódio das pessoas pela nossa união.
Seus olhinhos brilhavam, e eu tinha vontade de chorar. Era um sentimento tão puro, éramos tão cúmplices.
A vida não nos foi amiga. Deu-nos o gosto amargo da realidade.
Começamos a nos dizer impropérios. Nada de abraços apertados.
Foi-se.
Você foi embora e me deu uma dose cavalar de amargura e desconforto.


P.S: Textinho antigo. Foto minha :)

Vi-te sorrindo de braços dados com uma garota. Fiquei te observando por um breve momento.
Ainda cometi o erro de te ligar, cobrando ao menos consideração. Mas sua frieza foi tamanha, tanto que fui te apagando aos poucos.

As vezes ainda dói.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010


Será que nos perdemos dentro do tempo ou tempo dentro de nós?

domingo, 31 de janeiro de 2010



Assisto em mim a um desdobrar de planos.
as mãos vêem, os olhos ouvem, o cérebro se move,
A luz desce das origens através dos tempos
E caminha desde já
Na frente dos meus sucessores.
Companheiro,
Eu sou tu, sou membro do teu corpo e adubo da tua alma.
Sou todos e sou um,
Sou responsável pela lepra do leproso e pela órbita vazia do cego,
Pelos gritos isolados que não entraram no coro.
Sou responsável pelas auroras que não se levantam
E pela angústia que cresce dia a dia.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010


Manhã amarelazul.
Fechei o tempo debaixo do meu cobertor.
Limpei a casa para que a espiritualidade possa caminhar em paz.
Trabalhei a mente em prol da humanidade. Fiz preces por esse mundo maluco e desumano.
Dispensei os noticiários tristes. Esqueci a guerra interna do meu País. Preferi vê-lo apenas verde e amarelo.

Sonhos tão reveladores. Tão meus. Não os quero compartilhar, ainda!
Os pingos cessaram.

A vida de Mário de Andrade tem me feito contente.
É o meu mais novo companheiro da inquietação.
Um livro autobiográfico, rico em fotos, cores frias e palavras doces.

Sinto-me feliz em ser Poeta, ter meus dias colorido por palavras mágicas, que pulam que nem pipoca na panela.
Poesia tem cheiro, sabor e alma.
Poeta tem o universo no coração, por isso tenho absoluta certeza que sou uma extraterrestre.

:: Também quero viajar nesse balão ::

... " Mas louco é quem me diz e não é feliz, eu sou feliz "...

Sou feliz, é fato que sou.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010



Vai entender a (de) mente humana...


Podia-me dizer por favor, qual é o caminho para sair daqui? - Perguntou Alice.
- Isso depende muito do lugar para onde você quer ir. - disse o Gato.
- Não me importa muito onde... - disse Alice.
- Nesse caso não importa por onde você vá. - Disse o Gato.
- ...contanto que eu chegue a algum lugar. - acrescentou Alice como explicação.
- É claro que isso acontecerá. - Disse o Gato - desde que você ande durante algum tempo.
Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll

sábado, 23 de janeiro de 2010


Lá Se Foi...

O amor perdeu-se no tempo
Nos Livros
No encanto triste das poesias de Drummond

O amor foi verso preciso de Vinicius de Moraes
Foi grito de Raul Seixas
Foi dor de Mário Quintana.

Fechou as portas para mim
Para você, para todos.

O amor deu um sorriso largo
Um abraço raro
Uma gota de orvalho.

O amor dormiu em mim
E não mais acordou.


POESIA ANTIGA!!!!1

terça-feira, 19 de janeiro de 2010



Abriu a caixa
Para colher sonhos
E de repente
Pássaros voavam a sua frente

Porque sonho quando é compartilhado
Vira liberdade

domingo, 17 de janeiro de 2010

"Um café, um cigarro e alguma pílula, por favor. Luna R."



11 dias sem fumar.
A ansiedade me atormenta. Vontade de comer sem parar.
Cadê a inspiração para uma canção
Para uma poesia

Já é quase segunda-feira
Preciso organizar meus dias
Torná-los mais cheios de coisas e menos de mim

As pessoas dizem: Você está muito parada. Fulano na sua idade já era doutor.
Nossa quanto gasto de saliva!
Eu não sou fulano, nem sicrano, muito menos beltrano
Eu sou Luísa. Poderia ser mais, mas também não sou menos.

Ora mais!

Daqui a pouco vai ser proibido sonhar.

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria
Isso pra mim é viver!

Seguidores

Arquivo do blog

Quem sou eu

Minha foto
Vou usar uma frase do Ferreira Gullar, que me define: " A vida sopra dentro de mim pânica, como a chama de um maçarico, e pode subitamente cessar ".