segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Tom menor
Partiu em silêncio
Sem nem uma carta de adeus
Sem atenção de uma canção
Partiu ao meio o soneto
Que lhe fiz a mão
...Não deixou som, tom, luz
Descoloriu o que ainda não era luz
Despediu-se sem olhos e sem abraços
Deixou-me no raso
De um mar tão profundo
Junto os pedaços
Cato qualquer vestígio
Me visto de nunca mais
Aqui jaz
Um ponto final.
Luísa Fernandes ( Eu)
terça-feira, 19 de julho de 2011
Adeus.
terça-feira, 12 de abril de 2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
Um leão bem feroz
Convivo com este leão dentro de mim há quase quatro anos. Desde o dia 6 de junho de 2007.
Mas eu não era tão calma diante dele. Ele era muito feroz, me devorava, todos os sentidos e vestígios de paz que eu ainda tinha.
Passei três anos tentando domá-lo.
Logo quando começamos com esse romance as avessas, eu escrevi estes versos:
Apenas beije-me
Deixe-me sentir o seu
Corpo limpo
E sua alma livre
O gosto de fumaça nos seus dedos
A sua respiração ofegante
E sua mente ocupada
Pensas tanto, meu bem
Pensa até no que não convém.
Quando voltava de nossos encontros, voltava tão desnorteada. Eu queria viver com ele, queria que ele fosse meu namorado, e por vezes até o considerei assim, mas logo via que não passava de uma ilusão, e que se eu não voltasse à realidade, eu iria me magoar muito. Porém, como toda boa pisciana, eu preferi me magoar e viver, a não viver.
É verdade que me machuquei demais. Vivia colocando mertiolate no meu coração para seguir com essa aventura.
Tive que ser a mulher maravilha e ter aquela força por dentro. E consegui!
Virei uma domadora de um leão só.
Há algum tempo as coisas haviam mudado entre nós, antes era muito tenso, apesar de delicioso, selvagem e inusitado. Era tenso porque esquecíamos que ambos também queriam um carinho.
Da penúltima vez que nos vimos, ele se abriu. Fiquei tão boba, que se me olhasse no espelho, tenho certeza que me veria como um tomate.
E hoje, ahhh hoje...
(Suspiros)
Sentamos embaixo de umas árvores, onde os passarinhos nos recebiam com uma sinfonia incessante e linda. Era doce olhá-lo ao som dos pássaros. Mesmo ele insistindo em falar besteiras, eu nem ouvi, apenas vi. Aqueles lindos olhos.
Depois... Ah, depois.
Tiramos um cochilo juntos e deitei minha cabeça em seu peito, ouvi seu coração bater forte. Que sensação de vida! Indescritível!
O leão feroz continua sendo feroz, mas obedece as regras e conseguiu um jeito de calar o seu sentimento, imenso!
quinta-feira, 10 de março de 2011
Essa Saudade que me embriaga, à noite.
No delírio da espera
Esse torpor
Que me fere noturno.
Nesse silêncio
Que dilacera o medo
Sei que não estou só
Que há mais alguém
Que em mim devora
O hálito do pranto
Esse silêncio
Não cabe na noite
Me desafia
No espelho: sua face
O seu mistério
Não calo esse abismo
Janela aberta que me espreita
A lucidez do amanhã.
:: Luísa Fernandes
domingo, 2 de janeiro de 2011
Instante mágico.
Como num click
Rápido e certeiro
Vi-me presa na fotografia
Na que ele tirou de mim
Na que fiz dele, sem que percebesse
Na que o destino escondeu
Para outra hora
Outra era.
Cada pedaço de tempo
De conversas
Até de controvérsias
Me deixa contente
Toda história mesmo que pouco vivida
Tem um quê de magia.
Isso tudo, me fez lembrar de um filme muito bacana, e não é um filme de amor, aliás é, mas não é. hahaha . Assistam!
Ah Marisa... !
Universo Ao Meu Redor
Marisa Monte
Composição: Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown
Tarde, já de manhã cedinho
Quando a nevoa toma conta da cidade
Quem pega no violão
Sou eu, sou eu
Pra cantar a novidade
Quantas lágrimas de orvalho na roseira
Todo mundo tem um canto de tristeza
Graças a Deus, um passarinho
Vem me acompanhar
Cantando bem baixinho
E eu já não me sinto só
Tão só, tão só
Com o universo ao meu redor.
Marisa Monte
Composição: Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown
Tarde, já de manhã cedinho
Quando a nevoa toma conta da cidade
Quem pega no violão
Sou eu, sou eu
Pra cantar a novidade
Quantas lágrimas de orvalho na roseira
Todo mundo tem um canto de tristeza
Graças a Deus, um passarinho
Vem me acompanhar
Cantando bem baixinho
E eu já não me sinto só
Tão só, tão só
Com o universo ao meu redor.
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