sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010


Sabe aquela música que você escuta sem parar?

Essa é uma das que eu não canso de ouvir. Sempre me deixa com uma energia boa!

Timidez
Biquini Cavadão

Toda vez que te olho
Crio um romance
Te persigo, mudo
todos instantes
Falo pouco pois não
sou de dar indiretas
Me arrependo do que digo
em frases incertas
Se eu tento ser direto, o medo me ataca
sem poder nada fazer
Sei que tento me vencer e acabar com a mudez
Quando eu chego perto, tudo esqueço
e não tenho vez
Me consolo, foi errado o momento, talvez
Mas na verdade, nada esconde essa minha timidez
Eu carrego comigo a grande agonia
De pensar em você, toda hora do dia
Eu carrego comigo, a grande agonia
Na verdade nada esconde essa minha timidez
Na verdade nada esconde essa minha timidez

Talvez escreva um poema
No qual grite o seu nome
Nem sei se vale a pena
Talvez só telefone
Eu me ensaio, mas nada sai
O seu rosto me distrai
E, como um raio,
eu encubro , eu disfarço
eu camuflo, eu desfaço
Eu respiro bem fundo
Hoje digo pro mundo
Mudei rosto e imagem
Mas você me sorriu
Lá se foi minha coragem
Você me inibiu.



É muito lindinha!!!!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Carta a minha avó




Foi eterno enquanto durou.


Foram cinqüenta e oito anos juntos.
Da para imaginar o quanto de vida existiu nessas vidas?

Ela tinha dezesseis anos quando lhe entregam a ele.
Ele, no auge dos seus 20 anos. Loiro, dos olhos azuis de céu. Um típico galão hollywoodiano.


Ela era uma menina. Uma linda menina morena e faceira.
Mas uma menina.
Não haviam lhe ensinado sobre quase nada.
Tinha o sonho de ser médica. Tinha dom e paixão por tal.
Deram-lhe um véu.
Ela casou
Logo veio uma boneca viva
Deram-lhe o nome de Anchella
Em homenagem a sua avó materna, que a menina não conheceu.
Alva que nem o Pai
Seria então a sua grande companheira
A mãe menina passeava com a sua menina
Brincava, alimentava, cantava para ela dormir

Fumava seus cigarros nas horas vagas
Sonhava e sonhava

O marido chegava tarde. Queria o jantar, pedido atendido
Queria amor, tinha de bandeja
Eram três.

Logo depois veio outra boneca. Uma boneca morena e sensível, que lhes deram o nome de Rejane.
Exigia mais cuidados, mais atenção.
A mãe menina queria chorar, queria colo, queria dançar até cansar
Mas não podia
Tinha que lavar fralda, cantar, balançar.
Entendia então que a sua missão chamava-se cuidar
E fazia isso com todo o afinco
Não reclamava
Buscava naquelas atividades diárias, divertimento
Inventava brincadeiras, canções
Era feliz.

Tempos depois...
Mais uma semente!
Ganhou o nome de Marcos
O primeiro e único filho homem
Muito apegado a mãe
Costumava passar a mão pesada em sua testa
Dizendo que a sua enxaqueca ia passar.
Foram anos de muita luta
O marido preso. As condições financeiras péssimas.
A falta de notícia.
E Salete, a mãe menina, mesmo com toda a dor, tornava feliz a vida dos seus filhos.
Ela sempre teve muito amor no coração.
Mudaram de casa.
Moraram em uma onde havia um rio no quintal
Em outra tiveram uma noite de Natal com muita dificuldade. A ceia foi servida em cima de uma caixa.
Mas eles se mantinham fortes.
Casal jovem, bonito e com muita coragem de enfrentar a vida.
Foi então que veio mais uma sementinha para completar a turma.
Ganhou o nome de Sara
Que significa “princesa”
Não há nome melhor.
O tempo desgastou a vida a dois.
Ele enlouquecera.
Já não era mais o Henrique cheio de vida
O ciúme doentio havia lhe transformado em um ser ríspido.
Separaram-se
A dor foi repartida em duas partes
Iguais
Ambos pensam que sofrem mais que o outro
Enganam-se

Ele cala em si a dor
Ela expande a dor

Difícil retomar a vida após anos caminhando juntos, mesmo com todas as divergências, porém não se deve continuar andando para trás.
Foi um fim necessário.
Para terminar vou usar Chico Buarque: “Porque não há nada sem separação. A vida tem sempre razão”.

" Quem não sabe nada, se cale "


Em uma conversa durante a aula, no meu curso de Serviço Social:
Fulana diz:
- Eu assumo, não gosto de negro. Ui! (expressão de aversão)
Sicrana diz:
- Eu até gosto, mas não para namorar
Beltrana termina:
- Ah, isso é normal. Na sociedade existe muito preconceito, mulher.
Ai que raiva que me deu!
Questionei com a frase: O que é normal para vocês?
Claro que ninguém respondeu. Ficaram se entreolhando, rindo.
Como é normal não gostar de negros?

Quer dizer que agora o que um fala vale para todos?
Realmente, estamos caminhando para o fim dos tempos.
A humanidade está em constante decadência.

Viva a mistura de cores!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Selinho!!!


Mais uma vez ganhei um selo de Lucas, do Poesia Declarada :)

Muito obrigada, darling!

Poesia em nossas vidas, sempre!


:)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


É estranha e mágica a maneira que convivo com os meus sonhos.
Há no meu coração um vazio imenso, irreparável
Uma saudade que não finda. Durmo e acordo com ela
Mas sabe que coisa mais impressionante!
Os sonhos têm me presenteado. Costumo viver tanta coisa indescritível com essa minha saudade. A gente se abraça se diz coisas verdadeiras, daquelas que ardem e se abraça, e recupera o tempo perdido.
É como se os meus sonhos me projetassem para outro plano, onde as pessoas costumam resolver suas diferenças de uma forma pura, às vezes dura, mas pura.
Quando acordo da uma tristeza de pensar que nada passou de um sonho, mas com o decorrer das horas eu vou vendo que isso é um presente. Um tempo para matar a saudade e sentir que o amor ainda existe. Aquele amor de tia e sobrinha que nunca se foi de verdade, apenas pegou o caminho da esquerda que um lobo mau ensinou.

Não é apenas essa saudade que meus sonhos me ajudam a amenizar.
É a saudade do meu cachorro que está no céu dos cachorrinhos
Da melhor amiga que está morando longe
Da minha infância

Até com roteiro de filme, eu já sonhei.

Os meus sonhos são meus grandes amigos.

domingo, 21 de fevereiro de 2010


Faz tempo que não lhe vejo
E que não o vejo dentro de mim

Noite passada, sonhei que te abraçava
E você me pedia para não te esquecer

Engraçado

Eu te esqueci.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010


Um tempo sem escrever no blog.
A inspiração foi viajar e quando voltou às ruas estavam coloridas e os rostos estavam pintados.
Havia frevo, samba, suor, cerveja, abraços, folia!
Foram dias de projeção para outro plano.
Acordava-se para folia e dormia com o corpo cheio de confete e serpentina.

Conheci pessoas fantásticas e não as quero perder de vista.

O corpo ta cansado, mas estou com muita fome, sede, vontade de vida.

Chegando à casa dos 27. Não estou me sentindo velha ou envelhecendo.
Amo fazer aniversário. Hahahaha

E que venha muita inspiração para todos nós!!!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010



Era canção
Passou a ser verso
De repente virou verbo
Para então adjetivar
Tornou-se mar
A desaguar


Desabrochou para murchar
Os beijos, cálice
Os abraços, sala de cinema
A pipoca, poema
As mãos dadas esquentam o frio
O riso tímido, guardado.
Olhar distante, nas horas centradas
A ansiedade escondida no bolso
Nas palavras, o conforto
Sentimento que não pertence ao calendário
Ao relógio
Que ainda não tem nome
Nem codinome
Existe em um lugar onde jogaram a biblioteca fora
Talvez se chame coração
Oração
Canção
Sem razão
Multidão.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

:: Lucidez do amor ::



Costumávamos sentar naquele mesmo lugar. Perto das folhas secas, com vista para o mar.
Foi naquele lugar sublime e desconhecido que você me pediu em namoro, como nos tempos antigos. Nem olhávamos a tempestade que nos cercava. O ódio das pessoas pela nossa união.
Seus olhinhos brilhavam, e eu tinha vontade de chorar. Era um sentimento tão puro, éramos tão cúmplices.
A vida não nos foi amiga. Deu-nos o gosto amargo da realidade.
Começamos a nos dizer impropérios. Nada de abraços apertados.
Foi-se.
Você foi embora e me deu uma dose cavalar de amargura e desconforto.


P.S: Textinho antigo. Foto minha :)

Vi-te sorrindo de braços dados com uma garota. Fiquei te observando por um breve momento.
Ainda cometi o erro de te ligar, cobrando ao menos consideração. Mas sua frieza foi tamanha, tanto que fui te apagando aos poucos.

As vezes ainda dói.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010


Será que nos perdemos dentro do tempo ou tempo dentro de nós?

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria
Isso pra mim é viver!

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Vou usar uma frase do Ferreira Gullar, que me define: " A vida sopra dentro de mim pânica, como a chama de um maçarico, e pode subitamente cessar ".