quarta-feira, 25 de novembro de 2009
O mundo caiu sobre seus ombros naquela tarde, exatamente ás 15h. Quando o sol queimou sua face.
Junto com o calor veio à certeza de que estava só.
Havia acordado para a vida adulta, depois ter permanecido por anos e anos, entre contos e encantos.
A dor da realidade ardia-lhe os olhos.
Decidiu andar, andar. Sabia que era isso que faria daqui pra frente.
Sozinha. Sonhos no coração, mas agora com doses cavalares de realidade, em sua alma.
Com uma decepção a mais no bolso, um restinho de lágrima no canto do olho.
O refrão de sapato velho fez com que sorrisse naturalmente. “Talvez eu seja simplesmente como um sapato velho, mas ainda sirvo se você quiser, basta você me calçar, que aqueço o frio dos seus pés”.
Queria um amor. Desejava tanto que sua alma ardia.
A esperança a olhava com ares de espanto, como quem pergunta: Cabe tanta fé em uma pessoa só?
Mesmo com as doses de realidade, de mundo, de tudo que lhe arrancasse o gosto doce de nuvem, ela não conseguia olhar pra vida sem cores em seus olhos.
domingo, 22 de novembro de 2009
Se eu pudesse realizar um desejo hoje, não apenas para mim, mas para o mundo seria: compreensão.
O mundo está carente de muita coisa, é fato. Porém, as pessoas estão cada vez mais individualistas. Não percebem o outro como extensão de sim mesmo.
Magoam e pisam na dor do outro, sem dó, nem pidade.
Pobre planeta terra...
terça-feira, 17 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Tudo que ela queria hoje era um beijo de laranja
Que substituísse o suco
Um abraço de café
Dois olhares ao sol
Olhou-se no espelho e viu a mesma cara de todas as manhãs
A mesma insatisfação cotidiana
Mas havia algo naquele céu azul
Que a deixava com uma cócega no coração
Decidiu não decidir
Não concluir
Apenas SENTIR.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
As estrelas cantam na minha janela
Um barulhinho de nuvem vem fazendo melodia
Eu só enxergo os seus olhos
Os seus olhos doces
Encontro-me no mundo mágico
As cortinas se abrem
Vejo você
Uma estrada nos chama
Os pés doem um pouco
Como é duro caminhar sem você!
Mas lá na frente te vejo
Acenando para mim
Com um abraço de paz
Eu corro
Vejo luzes em seu sorriso
A gente dança
A vida nos sorriu
Você me beija
Abro os olhos
E vejo que não há vida
Sem as suas mãos
Junto as minhas
Continuo a te esperar
Em cada amanhecer, no anoitecer.
:: Luísa Fernandes ::
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Historinhas...
Meia noite... O cel. de Natasha toca...
-Alô (voz de sono)
- Natasha, é Alex, te acordei?
- Acordou. O que diabo você quer comigo uma hora dessas?
- Quero conversar. To meio mal.
- Pra variar...
- É sério, Natasha.
- Sempre é sério, Alex.
- Estou confuso, angustiado, perdido.
- Conseqüência de suas escolhas
-Tenho medo de me arrepender
- Aceite seu destino, Alex. Foi você quem escolheu...
- Eu sei...
- Me deixa dormir, Alex. Amanhã vou acordar cedo.
- Ou Natasha. Não me deixe sozinho
- Você não está sozinho. Vá ficar com a sua esposa.
- Eu sinto saudades...
- hum rum
- Desculpa ter te deixado mal, meu amor. Você não merece
- Não me chame de meu amor
- Queria você comigo
- Isso não é possível
- Por quê?
- Porque eu me amo, porra!
- Desculpa...
- Cara, eu quero dormir. Sinto muito por você está assim, aliás, sinto porra nenhuma, você já tem 30 anos na cara. Ta na hora de assumir as conseqüências de suas ações.
- Natasha...
- Diga...
- Eu...
- Não complete a frase!
- Poxa.. Meu coração ta doendo. Eu preciso de você
- Pra que? Pra fazer sexo ? Fala sério, Alex. Eu vou dormir!
- Porra Natasha, eu não sou nenhum maníaco. Eu gosto de você
- Ta bom. Duma bem.
- Natasha!
- diga porra!
[um minuto de silêncio]
- Eu vou te procurar.
- Cara, ta bom, Xau!
Boa Noite, linda.
Continua...
Caminho
Beije-me a face
O tempo escorre pelas nossas pernas
Sinto o calor de tua alma
E o hálito gostoso das palavras
Ditas sem pressa
Apenas beije-me
Deixe-me sentir o seu
Corpo limpo
E sua alma livre
O gosto de fumaça nos seus dedos
A sua respiração ofegante
E sua mente ocupada
Pensas tanto, meu bem
Pensa até no que não convém.
Sou uma aventura em tua vida?
Não vejo saída
Nossos corpos se encontraram.
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- Arco Irís
- Vou usar uma frase do Ferreira Gullar, que me define: " A vida sopra dentro de mim pânica, como a chama de um maçarico, e pode subitamente cessar ".