sexta-feira, 23 de abril de 2010

Meu pai





Sempre penso que meu Pai é um menino
E é bem verdade
Menino, ele nunca deixará de ser
Não consigo enxergar nele, as marcas do tempo
Elas não são evidentes no seu rosto
Nos seus olhos caídos
Que eu herdei

Quando menina só dormia quando
Ouvia o barulho do seu carro
E por vezes fui escutar seu coração
Temendo que ele morresse
Como eu era boba!
Mas esse sempre foi o meu maior medo

O meu Pai é meu companheiro
De musica, de folia e até de silêncio

Parafraseando Vinicius de Moraes
Com a licença poética que nos cabe

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morresse o meu amigo, o meu Pai
Amo-te, Pai.

Foto: Meu Pai e meu avô.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Sinto saudade de todos os meus amores




Estranho isso, não?
Mas invariavelmente eu me lembro de cada um, antes de dormir, ao acordar, no ônibus, quando ouço uma canção. Ás vezes abro um sorriso e até riu alto e as pessoas me olham achando graça. Ás vezes vem uma lágrimazinha chata. Uma nostalgia daquelas que parece golpear seu coração, acompanhada de uma tontura.
Saudade!
Sentimento misturado com sensação totalmente inenarrável, absurdo e algumas vezes até malvado.
Também costumo sentir os cheiros marcantes destas pessoas. Como o cheiro de cigarro carlton, o perfume barato de revista, o cheiro de banho tomado, e etc.
Cheiros pessoais.
Acredito que nunca vou deixar de amar essas pessoas, de alguma forma o amor será sempre conservado, regado, pelas lembranças eternas e ternas.

segunda-feira, 5 de abril de 2010


“ Sabes ainda meu nome?- Fome. De mim na tua vida. “

Estava você com aquela blusa preta que eu adoro
Aquele all star verde que me fez gastar um terço do salário
Deixou-me numa viagem como se fosse ácida
Euforia, vontade de rir
Mas porque rir?
Você já não era mais parte de mim
Como não?
Você partiu, mas ainda é parte
Daquele meu sorriso torto e tonto
Que você conhecia bem
Agora parecemos dois estranhos
Aliás, somos
Que ironia é essa vida
Hoje amor, amanhã dor

Sigo caminhando
E lá na frente
Bem lá na frente
Vejo-me sem seu amor

Mas há um forte calor.

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria
Isso pra mim é viver!

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Vou usar uma frase do Ferreira Gullar, que me define: " A vida sopra dentro de mim pânica, como a chama de um maçarico, e pode subitamente cessar ".