domingo, 10 de janeiro de 2010


“Todo mundo é parecido quanto sente dor”


Os olhos estavam marejados
Neles havia emoção
Contida por anos
Talvez chorasse escondido
Até dele mesmo

Sempre o achei durão

Quando pequena tinha medo de seu olhar severo
O medo impedia um maior afeto
Que depois de longos anos
Fez-se amizade

Ele necessita mais de mim
Do que eu havia imaginado

Hoje quando cruzei a rua para ir embora
Vi seu olhar a me procurar

Quando voltei
Ele chorou
E nunca tinha o visto chorar

Meu coração quis ficar triste
Mas se alegrou

Estava diante de um avô
Que eu talvez não o conhecesse
Se não o visse sentir dor.

Poesia em homenagem ao meu avô Henrique.

6 comentários:

Anônimo disse...

Os avôs tb não são de aço. A foto ficou linda.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

É triste perder um amor. Mas é motivo de felicidade saber que nos esforçamos. Já estou me acostumando à idéia de que as pessoas são livres e podem cometer as piores burradas possíveis e destruir relacionamentos, confiança e tudo o mais. Existem pessoas que erram além da conta... A minha dificuldade foi aceitar que as pessoas poderiam simplesmente não melhorar.

Anônimo disse...

http://poesiadeclarada.blogspot.com/2010/01/nao-seja-o-slogan-de-alguem-quando-voce.html

Pra você.

aperitivopoético disse...

a gente percebe que precisa das pessoas quando as perde.

=/

Anônimo disse...

Não sei se vc gosta de moda, mas aí vai: http://barconapraia.blogspot.com/2010/01/sao-paulo-fashion-week-importancia.html

é o meu outro blog...

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria
Isso pra mim é viver!

Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
Vou usar uma frase do Ferreira Gullar, que me define: " A vida sopra dentro de mim pânica, como a chama de um maçarico, e pode subitamente cessar ".