segunda-feira, 13 de abril de 2009


Tenho um avô chamado Henrique . Talvez meu avô não tenha conhecido a felicidade. Aquela que nos faz tremer . Levaram sua mãe muito cedo . Sua casa passou a ser um orfanato. Quando o coração apertava, a sua mãe lhe fazia uma visita. Seus olhos se enchiam de satisfação. Pensava não ser espírito, mas sua Mãe que havia voltado. Quando olhava novamente a via caminhando entre as flores. Meu avô foi preso pela ditadura .Teve as cartas de minha vó cortadas ao meio. Sentiu a dor da solidão e da impotência. Meu avô enlouqueceu. Procura pedaços de si nos filhos, netos, bisnetas. Meu avô tem os olhos cor de céu . Os mais bonitos que já vi. Quando novo parecia ator de Hollywood. A vida não lhe foi camarada, ele não soube agrada-la. Eu, sua neta, lhe telefono todos os dias. Divido um hollywood nos fins de tarde. Temos almoços alegres no Domingo. Queria eu ter o poder de voltar no tempo e dar ao meu avô a chance de recomeçar. Enquanto isso, meu vôzinho, dou-lhe carinho pra você guardar. :)

Um comentário:

Cleo Lima disse...

é o General! Engraçado como Seu Henrique nunca teve bronca comigo... coisa rara. Também sempre tive uma empatia por ele. Gente ótima. E o bicho tá todo galante na foto, hein? huahuahuahuahuahu

P.S.: Você ou Juliana, com ele?

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria
Isso pra mim é viver!

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Vou usar uma frase do Ferreira Gullar, que me define: " A vida sopra dentro de mim pânica, como a chama de um maçarico, e pode subitamente cessar ".