quarta-feira, 5 de maio de 2010

O adeus



Na estrada éramos dois estranhos
Buscávamos apenas uma xícara de café
Naquele vagão que dava para a janela

Entre olhares e histórias compartilhadas
Embarcamos na roda gigante

Seus olhos beijavam os meus
Já estávamos a nos dizer adeus

Eu sentia a tarde fria sobre o meu coração
Tinha a cruel certeza de que somos
Pedaços de lembranças na vida das pessoas

Estávamos, eu e você
Você, sul
Eu, norte

Sem promessas
Sem qualquer resquício de certeza
Após o amanhecer.

Um comentário:

Naty Araújo disse...

Lindo, querida.
Estava com saudade dos seus posts e da sua presença.

Espero que esteja td bem.
Beijos

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria
Isso pra mim é viver!

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Vou usar uma frase do Ferreira Gullar, que me define: " A vida sopra dentro de mim pânica, como a chama de um maçarico, e pode subitamente cessar ".