terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sabe aquelas lembranças que vem subitamente?



Minha avó estava olhando o álbum de minha filha, de quando ela nasceu.
Entre risos e emoção, me deparei com uma parede azul, do quarto que foi meu quando adolescente, e instantaneamente me veio á face do primeiro namorado. Era naquelas paredes azuis que guardava meu choro, como um peixinho num mar imenso, mas sozinho.
Fui assaltada a mão armada por uma saudade inexplicável.
Um vazio no corpo, me dei um abraço, como se fosse o abraço dele.
O senti pertinho, mesmo tão longe, tão longe de fato. Ele me excluiu da vida dele. Eu entendo...
Mas faz tanto tempo!
Mais de seis anos que não nos vimos. Eu queria apenas dizer : “ Eu preciso saber da sua vida, peço alguém para me contar sobre os seus dias “.
Guardei a saudade e resolvi me desligar mais uma vez.
A parede ficou verde de esperança e meu desejo de alegria foi um arco-íris.
Vou mandar –te essas palavras, por e-mail, queria que fosse por carta, como fazíamos, e era tão lindo. Mas o destino veio, malvado como ele é, as vezes, e nos separou. Então, nada de cartas, alguém que não está e jamais estará nessa história, pode ler, e o que era pra ser saudade, virar infelicidade.
E o que eu quero é amor!
Eu ainda te amo.
Sim, o pra sempre não acaba.

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Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria
Isso pra mim é viver!

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Vou usar uma frase do Ferreira Gullar, que me define: " A vida sopra dentro de mim pânica, como a chama de um maçarico, e pode subitamente cessar ".