segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010



Era canção
Passou a ser verso
De repente virou verbo
Para então adjetivar
Tornou-se mar
A desaguar


Desabrochou para murchar
Os beijos, cálice
Os abraços, sala de cinema
A pipoca, poema
As mãos dadas esquentam o frio
O riso tímido, guardado.
Olhar distante, nas horas centradas
A ansiedade escondida no bolso
Nas palavras, o conforto
Sentimento que não pertence ao calendário
Ao relógio
Que ainda não tem nome
Nem codinome
Existe em um lugar onde jogaram a biblioteca fora
Talvez se chame coração
Oração
Canção
Sem razão
Multidão.

5 comentários:

Vernon Bitu disse...

Belo poema!

Naty Araújo disse...

Me imaginei ali na foto e fazendo o que teu belo poema falava.
Você sabe tocar um coração.

Beijos.

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga.

Cada sentimento tem a exata duração da sua intensidade.
Coração...
Inspiração...
Canção...

Linda semana para ti.

Bárbara Grou. disse...

Lindo o teu poema! Eu adorei!
Suave, leve! Canção o teu poema!

:*

edson massao disse...

Tudo isso se chama amor :)

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria
Isso pra mim é viver!

Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
Vou usar uma frase do Ferreira Gullar, que me define: " A vida sopra dentro de mim pânica, como a chama de um maçarico, e pode subitamente cessar ".