terça-feira, 4 de agosto de 2009


Talvez eu tenha gosto por amores impossíveis
Difíceis
Mas amores inquebráveis
Irremediáveis
Intransponíveis
Talvez o que chegue de bandeja
Não me encha os olhos
Não satisfaça a minha ânsia pelo novo
Desde pequena aprendi que o amor é luta.
Que o amor foge a qualquer teoria
Que não está nas bancas de jornal

Está num sorriso tímido
Na saliva
No suor.

O amor não é breve
O amor não se desfaz por desgosto
Mágoa
Tristeza
O amor pode até crescer diante disso
Renascer

Será o tempo amigo dos amantes?

Na minha vida há um vazio
Por a sua vida não está enlaçada
Aos meus dias
Há um gosto amargo
Nas frutas mordidas
Há um adeus que dói
Ao cair da noite
Na chegada da manhã
Uma esperança que insiste em existir
Em minha alma.

Será que passei a acreditar no impossível?

2 comentários:

Vernon Bitu disse...

Isso de querer tocar estrelas ainda fará com que uma caia em minha mão!

youth disse...

Eu te amo como se ama a abóbada noturna,
Ó taça de tristeza, ó grande taciturna
E mais ainda te adoro quando mais te ausentas
E quanto mais pareces, no ermo que ornamentas
Multiplicar irônica as celestes léguas
Que me separam das imensidões sem tréguas.
Ao assalto me lanço e agito me na liça,
Como um coro de vermes junto a carniça
E adoro, ó fera desumana e pertinaz,
Até essa algidez que mais bela te faz!

(Baudelaire, provavelmente sob efeito de drogas)

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria
Isso pra mim é viver!

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Vou usar uma frase do Ferreira Gullar, que me define: " A vida sopra dentro de mim pânica, como a chama de um maçarico, e pode subitamente cessar ".