quinta-feira, 10 de março de 2011
Essa Saudade que me embriaga, à noite.
No delírio da espera
Esse torpor
Que me fere noturno.
Nesse silêncio
Que dilacera o medo
Sei que não estou só
Que há mais alguém
Que em mim devora
O hálito do pranto
Esse silêncio
Não cabe na noite
Me desafia
No espelho: sua face
O seu mistério
Não calo esse abismo
Janela aberta que me espreita
A lucidez do amanhã.
:: Luísa Fernandes
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- Vou usar uma frase do Ferreira Gullar, que me define: " A vida sopra dentro de mim pânica, como a chama de um maçarico, e pode subitamente cessar ".
Um comentário:
Lindo!
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